Comecei a ouvir, conhecer e entender
verdadeiramente o AVENGED SEVENFOLD, pouco antes do lançamento de seu último
álbum “Nightmare”, conheci por indicação de um colega. Como de praxe, fui ouvir
o primeiro álbum da banda, que foi “Sounding The Seventh Trumpet”. O disco era de metalcore,
(estilo que nunca agradou meu gosto musical), porém, era evidente o talento de
seus guitarristas extremamentes rápidos e criativos, e seu baterista também muito bom. O vocal ainda deixava a desejar, mas isso mudaria em breve.
Procurei então pelo segundo trabalho
de estúdio dos Avengers, “Waking The Fallen”, foi ai que eu me rendi ao inegável
talento dos SEVENFOLD, o álbum se mostra muito mais consistente do que seu
antecessor. Matt Shadows mostra o grande vocalista que é, e que não havia
aparecido em “Sounding The Seventh Trumpet”, com vocais gritados (muito
melhores do que os berros imbecis do álbum anterior) e melódicos no ponto certo
para prender sua atenção faixa após faixa.
Os guitarristas parecem ter nascido
para tocar juntos, tamanho é o entrosamento. Então, após ouvir um álbum tão bom
fui à procura de mais trabalhos da banda, ouvi todo o “City of Evil” (em minha
opinião o melhor trabalho do grupo até os dias atuais) e o álbum homônimo à
banda “Avenged Sevenfold”. Maravilha.
Até que chega “Nightmare”, era aqui onde eu
queria chegar. Este disco chegou ao público de forma que o A7X passou a ser a
banda do momento por semanas, talvez pelo fato de ter sido lançado pouco tempo
após a morte do baterista James “The Rev” Sullivan, ou, porque o grande Mike
Portnoy (ex-DREAM THEATER) foi quem assumiu as baquetas da banda, na gravação
do álbum e na turnê de divulgação.
O fato é que esse foi o álbum de maior
sucesso comercial da banda, recrutando assim, uma legião de novos fãs, mas apesar
de fazer um som pesado não pensem que os fãs que a banda recrutou são
headbangers cabeludos, nada disso, muito pelo contrário, a grande maioria dos
novos pseudofãs do A7X “pós-Nightmare’’ (surpreendam-se) são crianças e
adolescentes (o mesmo tipo que ouve LUAN SANTANA e MY CHEMICAL ROMANCE),
inclusive criando nas redes sociais a tal família SEVENFOLD (possivelmente
inspirados nos metaleiros do RESTART)”.
A partir dai tornou-se extremamente
comum ver pelas ruas meninas de 12 anos com uma camisa da banda, titulando-se “avenger”,
sem ao menos saber o significado da palavra. O grupo que sempre teve um visual
ligado ao estilo emo (o que sempre achei o ponto mais negativo dos mesmos),
após o último álbum também passou a escrever músicas muito mais emotivas do que
nos trabalhos anteriores. Não estou dizendo que esse foi um disco ruim, pelo
contrário, acho que a banda cresceu muito nesse álbum, mas a forma com que tudo
aconteceu não foi boa.
Fã de 12 anos: "Ah, miguxo, tu tá
loko, como podi num te sido bom a banda te conquistadu miliares de nóvos fans
de forma taun rapida?"
É simples, fãs de moda não são fãs
por muito tempo, basta surgir uma nova banda que cante as desventuras amorosas
de adolescente, e que tenha um visualzinho “criança revoltada” (assim como o
A7X) para que esses “fãs” nem sequer lembrem o que foi o AVENGED SEVENFOLD.
Calma, eu não disse que as letras do A7X são fracas ou que só falam de temas
adolescentes, de modo algum, mas a atual base de fãs da banda se interessa e muito
por esse tipo de música.
Não posso negar a admiração que sinto
pela banda, mas confesso que do alto dos meus 16 anos me sinto um extraterrestre
quando comparado à maioria dos fãs do A7X, fato que infelizmente acaba me
tirando a motivação de acompanhar a banda, e tenho observado que isso não
ocorre apenas comigo, mas com grande parte dos fãs da banda da era “pré-Nightmare”
ou se preferirem os fãs que se interessam pelo conteúdo musical que a banda
oferece. Conteúdo que por sinal é digno de muito respeito.
Pra finalizar, devo dizer que para
mim, após “Nightmare” a banda perdeu grande parte do seu encanto, por todos esses
motivos que citei. Quem leu o texto com atenção percebeu que não associo moda
com falta de qualidade. E não tenho dúvida de que o AVENGED SEVENFOLD é a maior
moda da música pesada atual.
Que papinho mais ou menos, a qualidade de uma banda não pode ser medida pelo seu tipo de fã, se fosse assim - saindo do metal- Os Beatles, seriam uma banda descartável, pois em seu início moviam atrás de si adolescentes estéricas, Led Zeppelin tinha em seu vocalista, Robert Plant, um galã da época e, por isso, atrás de si mais fãs adolescentes estéricas. Ficarei apenas nesses dois exemplos para deixar claro, que não importa o tipo de fã, o som de uma banda que é essencial, a qualidade de seus músicos, seu entrosamento. se você gosta de um som, não pode deixar de gostar, porque não se identifica com os outros fãs, se faz isso, é porque não gosta realmente. Para finalizar, se eu gosto do som de uma banda não vou deixar de gostar se eles saírem na capa da Capricho, deixarei de gostar sim, se o som não fizer mais sentido para mim
ResponderExcluirRecomendo ouvir um pouco mais o MY CHEMICAL ROMANCE, que você erroneamente colocou ao lado do "Luan Santana" como exemplo.
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