Nota: 7
Pouco antes do lançamento de The Path of Totality, Jonathan Davis disse em uma entrevista que os fãs odiariam o novo álbum. Não estava totalmente errado, tendo em vista que este é um daqueles discos que geram muita controvérsia – e os mais conservadores realmente deverão odiar esse álbum. Entretanto, aqueles que abrirem a cabeça e se esquecerem dos rótulos e “obrigações”, poderão sim gostar desse disco.
Confesso que quando fui ouvir o álbum, estava tomado de uma grande má vontade - já que tudo indicava que seria apenas um álbum experimental com participações de artistas de dubstep. Tive que ouvir o disco várias e várias vezes para poder entendê-lo verdadeiramente. Na primeira faixa, “Chaos Lives in Everything”, e em “My Wall”, fica implícita a brusca mudança em relação aos álbuns anteriores, e também o que vem pela frente no disco. A quarta faixa, o single “Narcissistic Cannibal”, é uma daquelas músicas que ficam grudadas na sua cabeça por muito tempo, assim como “Get Up” (primeiro single), e “Way Too Far” uma das melhores canções do álbum, destaque para os vocais.
“Kill Mercy Within” é um dos destaques, uma das poucas faixas que lembram mesmo que levemente os primórdios do new metal desenvolvido pela banda. “Illuminati” é a música mais polêmica, traz uma severa crítica a Barack Obama, em alguns trechos diz “Eu não vou ser controlado / Você estuprou a nossa esperança / Orgulhoso demais para enfrentar / Você construiu esta casa de vergonha” e mais adiante tem isso: “Os culpados não serão encontrados / Eles estão por trás dessa máscara de riqueza / Eles estão assumindo agora / Illuminati, eles se escondem”.
Ainda resta “Burn the Obedient”, que fez Jonathan Davis remeter a tempos antigos, e “Bleeding Out” que não foge nem um pouco ao estilo adotado no resto do disco. As duas faixas não citadas até então, “Sanctuary” e “Let’s Go” são apenas tapa buracos nesse álbum tão controverso, e tão surpreendente. Esse trabalho é definitivamente diferente de tudo que a banda já fez, mas isso não quer dizer que seja ruim. O ponto mais negativo é o repetitivismo, o que prejudicou e muito a banda, as músicas em determinados momentos são muito parecidas. E o destaque de The Path of Totality, com certeza foi o vocalista Jonathan Davis, que em momento algum decepcionou quem esperava um vocalista experiente, e agradável, aliás, este parece melhorar a cada álbum nestes 18 anos de Korn. A dica que dou-lhes é ouvir o disco sem preconceitos em relação a estilo, participantes ou predefinições, apenas ouçam com a cabeça aberta.
Integrantes:
Jonathan Davis
James Shaffer
Reginald Arvizu
Ray Luzier
Lançamento:
Roadrunner Records, 2011
Produzido por:
Jonathan Davis, Skrillex, Feed Me, Kill the Noise, Noisia, Datsik, 12th Planet, Downlink, Flinch, Excision, Jim Monti, J Devil
Tracklist:
1 - Chaos Lives in Everything (feat. Skrillex)
2 - Kill Mercy Within (feat. Noisia)
3 - My Wall (feat. Excision and Downlink)
4 - Narcissistic Cannibal (feat. Skrillex
5 - Illuminati (feat. Excision and Downlink)
6 - Burn The Obedient (feat. Noisia)
7 - Sanctuary (feat. Downlink and J Devil)
8 - Let's Go (feat. Noisia)
9 - Get Up (feat. Skrillex)
10 - Way Too Far (feat. 12th Planet , Flinch and Downlink)
11 - Bleeding Out (feat. Feed Me)
12 - Fuels The Comedy (feat. Kill The Noise) Especial Edition
13 - Tension (feat. Excision, Datsik and Dowlink) Especial Edition
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